Quando se trata de melhorar a saúde mental e combater a ansiedade, a prática de exercícios físicos é frequentemente recomendada. A corrida na esteira, por exemplo, pode aumentar a produção de neurotransmissores como a serotonina e a endorfina, que ajudam a regular o humor e o bem-estar. No entanto, o impacto positivo dos exercícios pode ser ainda maior quando a atividade realizada é prazerosa para a pessoa.
De acordo com o médico psiquiatra Alfredo Maluf, coordenador da Psiquiatria do Hospital Israelita Albert Einstein, o prazer durante a prática de exercícios pode reduzir significativamente o impacto do estresse no organismo. O estresse é um conhecido gatilho para doenças mentais, como ansiedade e depressão. Quando a atividade física é algo que proporciona prazer, a sensação de obrigação é minimizada, permitindo que os benefícios para a saúde mental se manifestem de forma mais eficaz.
“A pessoa perde aquela sensação de ‘preciso fazer [o exercício]‘, que é um desprazer. Uma coisa leva à outra. O benefício físico do exercício impacta na saúde mental, que melhora a disposição e, principalmente, os fatores de estresse”, explica Maluf. Ele destaca que, embora atividades menos rigorosas, como caminhadas no parque, possam oferecer prazer e relaxamento, é importante manter uma regularidade. O especialista sugere pelo menos 30 minutos de exercícios, cinco vezes por semana, para obter benefícios contínuos.
Para aqueles que não são fãs da corrida, há boas notícias. Um estudo recente publicado na revista Journal of Motor Learning and Development sugere que é possível tornar a corrida mais agradável e até melhorar o desempenho. O segredo é não focar exclusivamente nos movimentos, mas se distrair durante a prática.
A pesquisa, conduzida com 12 mulheres em esteiras ergométricas, mostrou que quando as participantes eram instruídas a observar seus movimentos, elas se sentiam mais exauridas, tanto física quanto psicologicamente. Por outro lado, quando eram distraídas durante o exercício, a corrida se tornava mais fácil e menos cansativa. Assim, encontrar formas de se distrair, como ouvir música ou assistir a vídeos, pode tornar a corrida uma atividade mais prazerosa.
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Correr na esteira pode até aumentar a produção das substâncias que regulam o humor e o bem-estar, como a serotonina e a endorfina, e ajudar nos cuidados da saúde mental. Mas se outras atividades gerarem mais prazer, seja caminhar pelo parque ou dançar em casa, é possível que os benefícios sejam maiores.
Isso se explica porque, ao fazermos algo que dê prazer, reduzimos o impacto do estresse no organismo, que é outro gatilho para as doenças mentais, como ansiedade e depressão, de acordo com o médico psiquiatra Alfredo Maluf, coordenador da Psiquiatria do Hospital Israelita Albert Einstein.
Fonte: Ansiedade e exercícios: atividades prazerosas podem ser melhores para a saúde mental | Vida Saudável | Conteúdos produzidos pelo Hospital Israelita Albert Einstein
Além dos benefícios imediatos, a prática regular de exercícios também pode desempenhar um papel preventivo contra o surgimento de transtornos mentais. Uma pesquisa publicada em setembro no periódico Frontiers in Psychiatry revelou que pessoas fisicamente ativas têm um risco 60% menor de desenvolver ansiedade. Isso se alinha com a observação de Maluf, que destaca que transtornos como ansiedade, depressão e transtornos alimentares têm mostrado uma forte correlação com a prática regular de exercícios.
A ansiedade é uma emoção normal que serve para alertar o corpo sobre situações potencialmente perigosas. No entanto, ela pode se manifestar através de uma série de sintomas físicos e psicológicos, variando de pessoa para pessoa. Entre os sintomas físicos comuns estão sensação de agitação no estômago, tontura, batimentos cardíacos rápidos, dores musculares e problemas de sono. Psicologicamente, a ansiedade pode provocar preocupações excessivas, medos ilógicos e pensamentos obsessivos.
Para gerenciar a ansiedade, técnicas de respiração profunda podem ser extremamente úteis. Essa prática promove a troca eficiente de oxigênio e dióxido de carbono, ajudando a desacelerar os batimentos cardíacos e estabilizar a pressão arterial. No entanto, para um tratamento eficaz, é essencial buscar a ajuda de um profissional de saúde, como um psicólogo especializado em terapia cognitivo-comportamental ou um psiquiatra para casos mais graves.
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Cada tipo de ansiedade, seja transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtorno de ansiedade social, transtorno do pânico ou fobias específicas, pode exigir uma abordagem terapêutica distinta. Portanto, a personalização do tratamento é crucial para o sucesso a longo prazo.
Incorporar exercícios físicos em sua rotina pode ser uma estratégia poderosa para melhorar a saúde mental e combater a ansiedade. No entanto, a chave para maximizar os benefícios é escolher atividades que sejam prazerosas e manter uma regularidade. Seja correndo, dançando ou caminhando, encontrar alegria na prática de exercícios não apenas reduz o estresse, mas também pode proporcionar um bem-estar duradouro.
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