Uma estimativa divulgada pela IDC no início do ano previu que a TI (Tecnologia da Informação) deve crescer 6,2% no Brasil em 2023, impulsionada pelo crescimento de 8,7% no consumo da inovação por parte das empresas. Segundo a estimativa, a nuvem deve crescer mais de 30% sobre 2022.
Ainda de acordo com a projeção, os segmentos de infraestrutura e plataforma como serviço (IaaS e PaaS) devem chegar a US$ 4,5 bilhões (R$ 22,53 bilhões), uma expansão de 41%, com a nuvem pública absorvendo mais da metade da infraestrutura digital.
Thiago Fuhr, Head de Vendas Privadas da GWCloud Company, provedor de serviços em nuvem no Brasil, destaca que a imersão digital já exige, e exigirá muito mais, que as empresas realizem investimentos continuados em tecnologia. Apesar disso, ele ressalta que investir apenas por investir é o mesmo que jogar dinheiro fora: “As empresas precisam atrelar o investimento ao retorno que ele vai dar para seu negócio, e ele não pode ser inferior a 100% da receita gerada”.
Fuhr observa que, embora o Brasil lidere o ranking de investimento na América Latina, com cerca de 44% do investimento do Bloco, no contexto global, o país ocupa a 10ª posição, mas com apenas 2,3% do investimento global. “O ponto positivo é que a previsão de crescimento dos investimentos para o ano de 2023 seja na ordem de 6,2% acima dos 4,3% previstos pelo Gartner na esfera global”.
Segundo uma pesquisa realizada pela Google for Startups, em parceria com a Abstartups (Associação Brasileira de Startups) e a Box 1824, mais de US$ 2,4 bilhões (R$ 12,02 bilhões) foram investidos em tecnologia no país em 2020. O estudo “O impacto e o futuro da Inteligência Artificial no Brasil” também aponta que mais de US$ 13 trilhões (R$ 65,09 trilhões) devem ser gerados pela IA em todo o mundo nos próximos sete anos, até 2030.
Tecnologias versus cibersegurança
O Head de Vendas Privadas da GWCloud Company explica que temas já conhecidos como “segurança” e “dados e nuvem” se mantiveram e serão as primeiras prioridades. E, concomitantemente a isto, o amadurecimento da cloud e IAs (Inteligências Artificiais) podem dar um salto de evolução em poucos meses.
Com efeito, segundo o relatório da IDC, os gastos com segurança da informação, por sua vez, crescem 13%, indo para a casa de US$ 1,3 bilhões (R$ 6,51 bilhões). Os aportes em automação inteligente também ganham destaque, com US$ 214 milhões (R$ 1,07 bilhão), 17% mais do que o resultado registrado no ano passado.
A propósito, uma pesquisa recente realizada pelo Pew Research Center demonstrou que os estadunidenses estão mais preocupados com a IA nos últimos meses. De acordo com a sondagem, 52% dos entrevistados relataram que se sentem mais temerosos do que entusiasmados em relação ao avanço da IA.
Na experiência digital dos processos para a orquestração e gerenciamento dos departamentos, principalmente no atendimento dos clientes e colaboradores, para o profissional, todos querem maior fluidez, acessibilidade e controle, para o cliente não ter uma ruptura e nem reduzir o LVT (Lifetime Value, na sigla em inglês – lucro líquido da vida de um cliente dentro da empresa, em português).
Na análise de Fuhr, isso se torna nítido tendo em vista a pesquisa Digital 2022 – Brasil, que indica que há mais de 165,3 milhões de usuários de internet no Brasil, o que corresponde a cerca de 77% da população. “Embora o estudo indicasse que mais de 70% das empresas no Brasil aumentariam os seus orçamentos em tecnologia, hoje observa-se uma brecha pouco explorada para aumentar ou diversificar as fontes de receita nos negócios”.
Ele acrescenta que, tendo isso em vista, é possível presumir que os investimentos em tecnologia irão aumentar e que, além da segurança, dados e nuvem, o TX (Total Experience) tomará um espaço considerável, emergindo como ponto crucial para muitas operações.
ROI para TX é exponencialmente mais alto
O Head de Vendas Privadas GWCloud Company observa que investimentos na CX (Customer Experience) e EX (Employee Experience) fazem parte da gama de investimento que aumenta a receita das empresas. Porém, vistas de forma isolada, elas [CX e EX] não geram o ganho esperado.
“Com isso, surgiu o investimento em TX (Total Experience). “Embora ele [TX] tenha sido determinado como uma tendência pelo Gartner para 2021, poucas empresas ainda investem no quesito”, pontua. “E, o mais impressionante: o ROI (Retorno do investimento) para o TX é exponencialmente mais alto que o investido apenas em CX ou EX”, complementa.
Fuhr chama a atenção para o fato de que muito se fala sobre transformação digital, mas, ainda assim, apenas em âmbito conceitual. “Muitos somente digitalizam as operações e não aplicam os principais benefícios do que é uma transformação digital de fato”. Para ele, antes de tudo, é preciso ter em mente que o foco de qualquer empresa é o cliente, mas vale lembrar que quem representa a empresa e atende esse cliente é o colaborador interno.
“A evolução dos modelos de negócios, atrelada a TX, provedores e fornecedores alinhados, gera agilidade, flexibilidade e interconexão de redes para suportar os novos formatos de negócio”, explica.
Ainda de acordo com Fuhr, com a super virtualização do consumo, de produtos e serviços, muitos negócios incluíram em seus fluxos e melhoraram suas jornadas para mapear os pontos das novas jornadas, definir as ações em cada etapa, traçar planos de contingência para crises e, claro, reduzir o risco de frustração do cliente. “O TX entra em cena para focar neste aspecto e inclui o colaborador como parte da engrenagem do negócio”, conclui.
Para mais informações, basta acessar: InsideCloud ou LinkedIn
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